sábado, 14 de março de 2009

Take 2

Não me apetece escrever. Não sei, estou num momento de pouca inspiração.
Será porque me desliguei de tudo o que me inspirava?
Tenho tentado não ver, não ouvir, não cheirar, não sentir. Simplesmente tenho tentado não ser. Tenho tentado mudar. Ser mais espiritual, menos material. Despojar-me de coisas inúteis que me rodeavam e que ocupavam o meu pensamento.
Embora nada daquilo tivesse sido inútil, tenho também tentado esquecer esse take do filme da minha vida. Foste. Tenho tentado que não sejas. Não serás, de certeza. És a parte da gravação onde me enganei. És o erro. As deixas foram trocadas, precipitadas. A respiração tornou-se intensa demais. O coração apertou e as lágrimas caíram. Irónico é que, apesar de tudo, apesar de todas as palavras e contracenas, viraste costas e deixaste a cena a meio. Mas a câmera continuou ligada. A vida segue, o sonho persegue.
Podia tentar repetir a cena, mas o guião fracassou.
Continuo agora sozinha. Desta vez, sou eu quem faz o filme, quem produz e realiza. Não há contracenas. Não me preocupo mais com as deixas. Agora, fazes parte das cenas cortadas.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Keep rolling...

Agora estou assim. Bem. Sozinha. Antes sozinha que mal acompanhada. Não me cansarei mais. Nem mais um segundo!
É assim que gosto de estar pois é assim que posso viver cada momento intensamente, como eu quero, onde eu quero, com quem quero. À minha maneira! Não tenho de me preocupar com o que está certo ou errado. Não tenho de me preocupar com o TU nem com o Nós.
Agora, o EU é que importa, pois sem o EU não existe mais nada, pelo menos para mim. Tenho de estar assim!
Ser livre de fazer escolhas sem ter de pensar muito. Seguir apenas o que Ele tem para mim, pois é o único que está sempre lá e que sabe sempre a resposta de tudo.

O Destino, Ele, quem quer que seja, neste momento estão do meu lado, e levar-me-ão a tudo o que quero e mereço alcançar: a Paz e a Felicidade.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Sis =$ : Jéssica R.

Mereces tanto.
Como muitas vezes acontece, aconteceu. Mostraste apenas a tua parte estudantil, a tua parte de 'adolescente não'. Fizeste-me lembrar de mim há uns anos. A curiosidade irrompeu dentro de mim. Tinhas que ter algo carismático por mais que a tua personalidade e tudo aquilo que irradiavas, e continuas a irradiar, surtiste em mim uma certa admiração.
Tens uma personalidade tão definida que tanto me fascina. Somos tão diferentes e tão iguais. Demonstras toda a maturidade que eu guardo cá dentro. Penso que um dia a irei usar, mas por agora a ignorância é o meu porto seguro e a imaturidade que por vezes tendo em usar, o motivo de alguns sorrisos. Às vezes é a melhor forma de não levar com os problemas com maior impacto.
A tua capacidade de agir, de pensar, de esperar (algo que eu não sei fazer, por mais que dê voltas e voltas, numa tentativa falhada), a tua esperança inabalável e a tua determinação, provocam em mim um orgulho por te ter do meu lado, nem imaginas.
A tua preocupação comigo, a maneira que me tentas retirar do meu canto escuro onde me abrigo para me esconder do mundo, fazem-me sentir tão pequenina...mas tão cheia de tudo. Falas comigo como uma irmã mais velha, por mais que eu não saiba o que é ter uma, por mais que a idade não o possa comprovar (A).
Tens estado sempre por perto, segurando-me por mais que te encontres num impasse, num balanço irregular.
Tudo o que uma sabe, as três sabem. Ligámo-nos de uma maneira tão brilhante e tão sincera. Não quero que isso mude.
Não quero perder essa tua personalidade, não quero que ela mude, não quero que te afastes nunca.
Pá, és das melhores amigas que alguém pode ter.


Jéssica R.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Closed


Ok, decidiste seguir em frente.

Provavelmente, um dia chegarás a uma porta e esta dirá "Fechada.". Vais bater com o nariz na porta e pensar.

Vais pensar no que se passou. Vais olhar para trás. "Será que ainda está aberta?". Vais correr, correr, correr, pois estás longe do que fomos. Já te afastaste tanto...

Continuas a correr e a ver todos os momentos que passámos na linha do horizonte, como se voltasses a viver tudo de novo e como se isso te desse forças para continuar a correr. Só pensas naquela porta, que um dia bateste com força interior, porque sabias que era um "Não.".

Aí, vais chegar.

Será que ainda vai estar aberta?...

Águas passadas...

Best, és a perfeição
3/Nov/2007

Ou então não....

Ou então não mereces metade do que faço por ti, metade do que te dou, metade do que sou...

A cada momento espero uma resposta tua, algo que contrarie todas as coisas que me dizem, todas essas coisas que te põem num lugar do meu pensamento em que tudo e' confuso e obscuro...

Todas essas coisas que temo mais que a morte, a guerra... coisas que me ferem, me magoam e torturam...

Tento fechar os olhos a cada investida deste sofrimento, mas não consigo, não suporto mais um único momento de sofrimento, em que me fazes tua submissa e me pões uma mascara que todos vêem menos eu...

Humilho-me...magoo-me...sentimentos de felicidade tão efémeros como um piscar de olhos me invadem...venero-te...amo-te....adoro-te...e volto a cair...

Um ciclo de sentimentos, de emoções...verdadeiros, falsos....depende do ponto de vista...

Mas, a cada vez que me falam de ti, um sorriso nasce nos meus lábios, o maior orgulho me invade...orgulho que nunca pensei sentir...muito menos por ti...As tuas vitorias do teu mundo tão lindo...os teu momentos de gloria em que vejo o teu sincero sorriso....

É quando penso que tudo vale a pena....

Tudo o que dizes são factos inquestionáveis para mim...Mas agora tudo muda...começo a questionar e o meu coração diz-me que nesta historia muitas verdades estão mal contadas....volto a fechar os olhos...

aposto que sabes porquê.....


Mariana Romão 3/Nov/2007

Adeus

Já gastámos as palavras pela rua, meu amor,
e o que nos ficou não chega
para afastar o frio de quatro paredes.
Gastámos tudo menos o silêncio.
Gastámos os olhos com o sal das lágrimas,
gastámos as mãos à força de as apertarmos,
gastámos o relógio e as pedras das esquinas
em esperas inúteis.

Meto as mãos nas algibeiras e não encontro nada.
Antigamente tínhamos tanto para dar um ao outro;
era como se todas as coisas fossem minhas:
quanto mais te dava mais tinha para te dar.

Às vezes tu dizias: os teus olhos são peixes verdes.
E eu acreditava.
Acreditava,porque ao teu lado
todas as coisas eram possíveis.

Mas isso era no tempo dos segredos,
era no tempo em que o teu corpo era um aquário,
era no tempo em que os meus olhos
eram realmente peixes verdes.
Hoje são apenas os meus olhos.
É pouco mas é verdade,
uns olhos como todos os outros.

Já gastámos as palavras.
Quando agora digo: meu amor,
já não se passa absolutamente nada.
E no entanto, antes das palavras gastas,
tenho a certezade que todas as coisas estremeciam
só de murmurar o teu nomeno silêncio do meu coração.

Não temos já nada para dar.
Dentro de ti
não há nada que me peça água.
O passado é inútil como um trapo.
E já te disse: as palavras estão gastas.

Adeus.


Eugénio de andrade

Rosa branca ao peito

Teu corpinho adolescente cheira a princípio do mundo.
Ainda está por soprar a brisa que há-de agitar a tua seara.
Ainda está por romper a seara que há-de rasgar o teu solo fecundo.
Ainda está por arrotear o solo que há-de sorver a água clara.
Ainda está por ascender a nuvem que há-de chover a tua chuva.
Ainda está por arder o sol que há-de evaporar a água da tua nuvem.

Mas tudo te espera desde o princípio do mundo:
a doce brisa, a verde seara, o solo fecundo.
Tudo te espera desde o princípio de tudo:
a água clara, a fofa nuvem, o sol agudo.

Tu sabes, tu sabes tudo.
Tu és como a doce brisa, a verde seara e o solo fecundo
que sabem tudo desde o princípio do mundo.
Tu és como a água clara, a fofa nuvem e o sol agudo
que desde o princípio do mundo sabem tudo.
O teu cabelo sabe que há-de crescer
e que há-de ser louro.
As tuas lágrimas sabem que hão-de correr
nas horas de choro
Os teus peitos sabem que hão-de estremecer
no dia do riso.
O teu rosto sabe que há-de enrubescer
quando for preciso.

Quando te sentires perdida
fecha os olhos e sorri.
Não tenhas medo da Vida
que a Vida vive por si.
Tu és como a doce brisa, a verde seara e o solo fecundo
que sabem tudo desde o princípio do mundo.
tu és como a água clara, a fofa nuvem e o sol agudo.
A tua inocência sabe tudo.


António Gedeão

Fala

Fala a sério e fala no gozo
Fá-la pela calada e fala claro
Fala deveras saboroso
Fala barato e fala caro.
Fala ao ouvido fala ao coração
Falinhas mansas ou palavrão
Fala à miúda mas fá-la bem
Fala ao teu pai mas ouve a tua mãe.

Fala francês fala béu-béu
Fala fininho e fala grosso.
Desentulha a garganta levanta o pescoço.

Fala como se falar fosse andar
Fala com elegância - muito e devagar.


Alexandre O'Neill

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

340 m/s


Sou mais rápida que a velocidade do som. Quando tu conseguires ouvir o som de um lágrima minha cair no chão, já eu estarei sorrindo e rindo do que se passou.

Porque se eu não rir primeiro de mim, nunca poderei rir dos outros. Não conseguirei ri de ti, nem para ti.


Não quero que chores comigo, apenas não quero rir sem ti.

Catch me, if you can.


I want you to catch me when I'm falling. Right now, I'm in skydiving.

Just need you.

...

The Kelly Family - I can't help myself
(I love you, I want you)

If I would tell you
How much you mean to me
I think you wouldn't understand it
so I wait, I wait
Until this day comes
When you will understand me
But I can't help myself
I can't stop myself
I am going crazy
I can't stop myself
I cannot control myself
I am going crazy

And I love you
And I want you
I wanna talk to you
I wanna be with you
And I love
And I want you
I wanna talk to you
I wanna be with you
I cannot change it
I'm sure not making it
One big hell of a fuss
I cannot turn my back
I've got to face the fact
Life without you is hazy

Kiss me, thrill me don't say goodbye
Hold me, love me don't say goodbye
Oh oh oh don't say goodbye
But I can't help myself
I can't stop myself
I am going busy
I cannot turn my back
I've got to face the fact
Live without you is hazy

Fascínios...

Não percebo porque é que eu não sou suficiente. Eu, que gosto de ti desde o princípio e me limitei a ser Eu. Eu, que sinto que podemos ser um, em vez de dois, mesmo a milhas de distância.
De repente, chega outra e fascina-te. Compreendo-te. Ela fascina-me desde o dia em que nasci. É a pessoa que melhor me conhece e que está e estará aqui, sempre, incondicionalmente. Mas neste momento estou confusa. Não sei como me sentir. Não percebo onde errei e porque é que as coisas estão assim. Sinto-me mal. Queria que soubesses quem é a pessoa mais importante da minha vida, não queria que se tornasse da tua também.
Não gosto disto. Os papeis inverteram-se e desta vez sou eu quem está de fora. Sempre estive, a diferença é que agora há alguém desse lado. Algúem muito próximo, que poderia estar de todos os lados menos desse, do teu. Alguém que me custa deixar e que nem sequer quero pensar nisso, porque morreria.
Acho que tenho de tomar uma decisão... alguém tem de se mudar e alguém tem de ficar..

Antes ela que tu...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Volfrâmio ou Tungsténio?

Tu. Aquele que não deixa o meu pensamento por um segundo. Um novo rumo. Desde o primeiro momento que és aquele. Tal como a Ana ou a Jéssica, também tu - e eu sinto-o, não me perguntes como - desde o momento em que nasci que estavas destinado para vir.

Vieste. Numa aula de Português em que passaste ao pé da sala e acenaste para o Rafa. Pensei: "Interessante...". Perguntei-lhe logo quem eras. "António Wemans", respondeu-me. Mais uma vez, "Interessante...".

Sou curiosa. Tudo o que me disperta o interesse tem de ser alvo de pesquisa intensa. Não foste excepção. Dias depois conheci-te. Muitos dias depois, devo dizer; dias a mais para o meu gosto!

Pronto, e começámos a falar... Mensagens, net... Mas na escola, NADA! Nessa altura o meu coração era uma confusão tremenda! Via-te e ficava estática.

Agora, e depois de o dia de ontem, já nada é assim. Percebi a pessoa espectacular que és. Apesar de o saber de antemão, aquela tarde aproximou-me de quem tu és e vi em ti a possibilidade de um amigo ''daqueles''.
Frases como: "É a constantji dji Avogadro, minina! Aí, é só fazê um regra dji treis simplis e fica feito!" , "Pô, o crepizinho tá me agradando..."... vão ficar registadas.

Não me importa se te conheço há muito ou pouco tempo... O tempo nada significa para mim pois roubamos ao tempo o tempo que o tempo nos rouba, de cada vez que estamos juntos, para sermos felizes, para rir à gargalhada e para nos conhecermos ( vá, também te mando estar quieto e calado, porque tu não páras um segundo.). O que me importa é que no fim serás sempre tu. Tu: aquele menino loirinho com caracóis que sempre que me vê pisca-me o olho. Aquele rapaz que faz tudo e mais alguma coisa, sempre de sorriso na cara. Tu, aquela pessoa com quem me identifico desde os primeiros instantes.



Volfrâmio, Tungsténio...... Não importa... No fim, será sempre um W!

Vieste; não vás. Nunca! GMDT tolo! :P

(Ao António Maria P. Wemans.)

MAJ


Em quem pensar agora se não em vocês?
Vocês, que estão há pouco tempo, mas no fundo sempre estiveram no meu coração, desde que nasci, destinadas a serem minhas.
Tu, Jéssica, e tu, Ana... Os seres humanos que revolucionaram a minha vida, só por existirem. Amo-vos, é tudo o que eu sei dizer. A tal palavra consagrada, que eu dou em troca do mundo. Porque vocês me dão o mundo, o Universo, e sobretudo, porque se dão a vocês próprias, fazendo-me a pessoa mais feliz, segura, confiante e sorridente que já conheci em mim.

Não me deixem, EU AMO-VOS!

Texto Inaugural



Nome de solteira: Mariana Julião Romão.
Nasceu em 1993, em S. João das Lampas, Sintra.
Altura: 1,61 m.
Sapato: 40 (38 quando de salto).
Camisolas: L/M; Calças: 40
Adora desporto, não pára quieta.
Detesta barulhos irritantes, põem-na mal disposta.
Não suporta conversas de ocasião e detesta falar
[ao telefone para ter aquela conversa do: “Então, pronto... ‘Tá tudo bem? Pois, nós também. Vá, beijinhos.”.
Tem horror à idade dos “Porquê?”. As crianças são desprezíveis
[nessa altura. (Só nessa?).
Adora as Artes: lê, pinta, consome música à refeição e
[adora ir ao cinema.

É católica praticante, mas questiona muitas “verdades”.
É pragmática, individualista e adora contestar e argumentar.
Gostava de ter vivido na corte de Henrique VIII de Inglaterra.

O seu actor preferido: Jonathan Rhys Meyers.
Os seus filmes preferidos: “O Diário da Nossa Paixão”, “Match Point”
[e a série “Os Tudors”.
O seu escritor preferido: Nicholas Sparks.
O seu livro preferido: “Juntos ao Luar”.

É do signo Gémeos.
Inconstante.
Por vezes até romântica e sonhadora.

Ambiciona ter o seu nome escrito na História.
Gosta de mostrar que sabe. Assume-o. Tal como assume
[que é arrogante.

Não fuma.

(Auto-retrato, Português 10º ano)